sábado, 21 de junho de 2008

Trabalho sobre FHFE - Reforma e Contra Reforma



· 1.1 - Reflita sobre os dois movimentos: a Reforma e a Contra-Reforma. Compare a proposta educacional de Lutero com a Companhia de Jesus, destacando as semelhanças e as diferenças entre as mesmas e Fazendo uma relação com a educação atual.

“Na ótica de Lutero, a sociedade humana apresenta-se como organismo que se constitui e funciona a base da razão e do senso de justiça, estando sempre ameaçada e perturbada pela irracionalidade, anomia e anarquia.” (Heimann, Leopoldo. Lutero O educador. In:______ FUT – VOL 2: ULBRA, 2007. P. 15 ) Foi essa visão que fez nascer ao movimento de reforma. Somente um propósito que colocasse o homem em uma visão de organismo o faria pensar e repensar o que até aquele ponto era colocado como dogmático e imutável, a reforma protestante está associada a um momento que mudaria a história como um todo, segundo a revista Life edição especial do ano de 1999, que foi reeditada e traduzida para português pela revista Veja , Lutero surge como a terceira mais importante personalidade do milênio, na categoria pensador. Isso revela a importância da reforma e das concepções protestantes para a mudança do curso e princípios da educação, foram essas mudanças que propiciaram o nascimento de uma nova geração de pensadores.
“ Em 1517, quando pregou os papeis de suas 95 teses na porta de uma igreja em Wittenberg, na Alemanha, com o propósito de trazer à luz a verdade. Martinho Lutero começou a Reforma que mudou as alianças políticas e religiosas durantes séculos... suas primeiras obras ressaltaram a salvação pela graça de Deus e a espiritualidade Cristã “ (Veja, 1999. P. 117)
A Reforma protestante também mudou a forma de acesso à educação não só em seu próprio berço mas na estrutura da igreja católica, com a oposição aos métodos de ensino praticados até aquele momento pela igreja romana.
Em resposta ao impacto que a Reforma trouxe aos seculares alicerces da educação, a igreja católica até o momento detentora da formação educacional, vê a formatação de um novo modo de pedagogia.
Trento, o concílio mais longo da história (1545 a 1563), cria uma série de novas ordens que têm um único propósito: barrar o avanço da Reforma, a “contra-reforma” como é historicamente conhecida institui uma das organizações mais vigorosas da igreja até os nossos dias,a Companhia de Jesus, que implanta a educação Jesuítica.
Embora exista aparente avanço com a criação das escolas Jesuíticas, estabelece-se o padrão: preleção, explicação e repetição que vem acompanhado por emulações e castigos físicos. Não existe espaço para questionamentos o professor é detentor de todo o saber.

Ao comparar os modelos de educação encontramos:

A Educação protestante Buscava implantação de escolas primárias para todos, posição adotada pela Contra-Reforma também buscava implementar escolas para os dois níveis, primário e universitário (Estudos inferiores e superiores). A Reforma defendia um ensino sem a presença dos castigos físicos, a formatação educacional católica não abraçava esta idéia, outro ponto nas divergências entre ambas estava na presença de jogos, exercício físicos e canto, por fim a utilização da retórica da escolástica.
Na atualidade estão presente de forma influente os meios de educação vividos na reforma, esta influência formatou muito do que conhecemos em educação não na sua totalidade mas em essência, canto, exercício, preleção e explicação entre outros demonstram que estamos fazendo uso de ferramentas implementadas por Lutero ou Loyola.
· 1.2 - Por que durante os séculos XVI e XVII a religião influenciou de maneira efetiva os rumos da educação , inclusive no Brasil, explique e justifique sua reflexão.
No Brasil essa influência foi marcante e impactante, já que as escolas Jesuíticas embarcaram nos navios do Rei de Portugal, que foi um dos fomentadores da nova visão educacional do clero romano.
“No fim do segundo período ( 1545 – 1548) D. João III e o Cardeal D. Henrique constituíram assembléias de peritos para porem em ação um grande plano de reforma” Material Didático (FTC-FHFE. 2007. P. 32)
“No reinado de D. João III – início da colonização do Brasil e do processo civilizatório na Colônia de Exploração - os Jesuítas foram chamados para a Universidade de Coimbra.
Portugal se afasta do movimento científico europeu do XVII, porque, como já foi mencionado, reagiu face à eclosão da reforma protestante.
O ensino dos Jesuítas quebrou com a tradição científica em Portugal (de espírito pragmático e empírico), o que produziu uma regressão no ensino. Os jesuítas tornaram-se os "donos do saber", e este se converteu em erudição livresca, isto é, em mera imitação servil do classicismo.” (Renato Toller Bray – JUSNAVIGANDI – 2008) (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7624)
Em vários aspectos a palavra “efetivo” poderia ter um caráter filosófico por que a educação dos Jesuítas estava de longe afastada da efetividade do conhecimento, castrando o acesso a livros, autoritariamente limitando o saber, foi essa a herança que recebemos por conta destes “ rumos” adotados pela coroa portuguesa aqui em “terras brasilis“.
Questão 1
Na sociedade de hoje ainda encontramos resquícios destes:
1. Até 1990 o uso da palmatória ainda não era considerado crime no Brasil
2. Modo de exposição do saber ainda utiliza a preleção como ferramenta.
3. A emulação hoje em alguns locais do Brasil é uma prática.
4. A responsabilidade do estado na educação ( escola para todos )
Fontes: FTC-FHFE. 2007. P. 30,32
http://chermontlopolis.wordpress.com/2006/08/22/a-palmatoria/

· 2.1 - “Ensinar tudo a todos”, esse era um dos lemas de Comênio, explique em que medida a proposta dele se mostrava inovadora para a época. Mas, antes mesmo de refletirmos sobre esse lema, devemos primeiro nos questionar o que ele quer dizer com “tudo a todos”

A proposta de “Jan Amos Komenský” ou Comênio estava pautada na idéia que a escola dominante da época, a Jesuítica, tinha por norma não expor todo o conhecimento e informações a seus alunos, ou seja a educação protestante de Comênio se propunha a formar indivíduos questionadores e não somente repetidores de um saber viciado e pré-moldado.
“e que para ele, significava os fundamentos, os princípios que permitiriam ao homem se colocar no mundo não apenas como espectador, mas, acima de tudo, como ator.”
De forma indispensável, a proposta de Comênio vinha para mudar todas as propostas até agora formuladas.
“Para ele, o processo educativo deve ter por base o livro novo da natureza e não livros mortos, pois deve levar o educando a fazer, somente fazendo se aprende a fazer, contemplando a essência profunda das coisas e seu lugar no universo. Trata-se de um processo que deve levar em consideração o pensar, o falar e o atuar.” (GILES, Thomas Ransom. Educação e Filosofia. In___ a Formação do Homem que se emancipa do passado: imagem-ideal do inicio da época moderna. São Paulo: EPU, 1937. P. 73-74)
Pensamentos como uma educação realista e permanente; baseado no método pedagógico rápido, econômico e sem fadiga; buscando o ensinamento a partir de experiências quotidianas; além do conhecimento de todas as ciências e de todas as artes; dentro de uma proposta de ensino unificado. – (FTC-FHFE. 2007. P. 37.) O caráter inovador da pedagogia de Comênio o levou a ser considerado ainda hoje como “O criador da didática moderna “ , este pensamento expresso no século XVII revela de forma indubitável seu caráter inovador, que estabeleceu um método onde:
· tudo o que se deve saber deve ser ensinado;
· qualquer coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua aplicação prática, no seu uso definido;
· deve ensinar-se de maneira direta e clara;
· ensinar a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas;
· explicar primeiro os princípios gerais;
· ensinar as coisas em seu devido tempo;
· não abandonar nenhum assunto até sua perfeita compreensão;
· dar a devida importância às diferenças que existem entre as coisas.

Fontes: COMENIUS,J.Comenius
<http://www.centrorefeducacional.com.br/comenius.htm> acesso em 28 jun.2008.



· 2.2 - Reflitam sobre esse fragmento se posicionando e fazendo relação com a educação atual “Locke recomenda, no entanto, que o menino seja instruído em casa, sobe as orientações de um tutor, evitando portanto a escola, pois a qualidade desta é péssima, além de expor o menino ao vício” . ( GILES, 1987, P. 175 )
Locke não concordava com a “universalidade da educação” ou seja ele não cria que uma didática pudesse atingir a todos de uma forma plena e igualitária, para Locke a individualidade do ser humano deveria ser observada, buscando através da razão basear sua doutrina educacional. O formato pedagógico não deveria estar associado a dependência de conceitos religiosos. Questionador e racionalista John Locke acreditava que a educação deveria ser “pragmática” e para ele distanciar-se da metafísica. ( FTC-FHFE. 2007. P. 40.)
“Você e eu estamos fartos desse tipo de futilidade – trecho de carta enviada a um amigo falando de Leibniz, ele discordava da teoria dos universais de Platão, e negava o inatismo de qualquer idéia – a mente só adquire idéias através da experiência” - Osborne, Richard. Philosophy for Beginners. In___Na figura de John Locke. Rio de Janeiro, Objetiva. 1998. P. 87
Segundo ele a virtude poderia ser ensinada através da educação secular e do civismo, ainda segundo Locke, “A educação deveria ser integral, compreendendo a dimensão intelectual, moral e física, isto é, o saber, a virtude e o vigor físico. Sendo assim o processo educativo que ele presenciava em seu tempo estava “ viciado e sem qualidade “ por que levava o educando a condição de simples repetidor de idéias. (GILES, Thomas Ransom. Educação e Filosofia. In___ a Formação do Homem que se emancipa do passado: imagem-ideal do inicio da época moderna. São Paulo: EPU, 1937. P. 74)
· 2.3 - Diante da reflexão anterior é possível colocarmos em prática esse pensamento de Locke nos dias atuais? E como seria a funcionalidade dessa idéia
A pedagogia de John Locke teria grande dificuldade em funcionar em nossos dias, se levarmos em consideração que J. Locke não concordava com a “universalidade da educação” ou seja a sua visão neste ponto seria congruente a que possuía em 1600, isso por que hoje a escola esta estabelecida na forma coletiva e universalizada.
O “modus operandis” do sistema defendido por ele também teria encontrado resistência se observarmos dois aspectos, o econômico e o logístico. O econômico seria impossível manter por forma privada ou estatal tantos educadores, já que o projeto de J. Locke era um professor por aluno, essa visão revela a dificuldade logística, não teríamos tantos mestres.
O Fato é que o principio de educação de Locke existe no contexto familiar, esta formação familiar ou seja faz parte imprescindível no processo de gestação do ser para o saber. Atuando sim de forma subliminar através da família.





Questão 2
Importância de se estudar História da Educação está pautada na formação do caráter do professor, após a viagem na história e visualização dos esforços humanos para alcançar o estado de saber pleno, podemos compreender propostas, situações e ao tornar-nos particípes desse processo visualizar a importância da educação para a formação do ser, essa formação concebida através da análise critica e construtivista dos fatos históricos e filosóficos.

· 3.1 - Reflita sobre o fragmento de Rousseau, posicionando-se e fazendo relação com a educação atual. “ Quanto à metodologia, segue-se o preceito rosseauniano, conforme o qual a seqüência é de primeira importância. Sobretudo, espera-se o momento certo para ensinar, ou seja, o momento em que o aluno deve querer aprender e que, para fomentar este interesse, o professor deve fazer de tudo para que ao aula seja interessante e agradável. Assim, eliminar-se a necessidade de correção e do castigo “ ( GILES, 1987, P. 182)

Segundo o fragmento apresentado a preocupações de Rousseau quanto a metodologia educacional estava em dois aspectos, o primeiro “a seqüência “.
“ não se deve ver a criança um adulto em miniatura, como era o costume na época , uma etapa passageira, provisória, da existência humana, pois a criança tem um existência própria e acarreta direitos específicos. (...) A educação deve se progressiva, adaptativa, seguindo as etapas do desenvolvimento, os interesses, as aptidões e o crescimento do educando “ (GILES, Thomas Ransom. Educação e Filosofia. In___ a Formação do Homem Natural : imagem do Romantismo – Jean Jacques Rousseau: imagem-ideal do inicio da época moderna. São Paulo: EPU, 1937. P. 74)

Na educação atual esta tem sido uma grande preocupação, seja pelo caráter mercantil do saber, seja pelo caráter ético do saber moderno. Podemos ver essa preocupação em observar o desenvolvimento da criança e entender todas as limitações de seu aprendizado, objetivando um aprendizado específico e contextualizado, fato que acontece hoje em qualquer instituição de ensino seja privada ou estatal fazendo-se, é claro, as devidas ressalvas.
O Segundo aspecto é “fazer de tudo“, voltar o foco do ensino para a criança e não para o professor, ou seja o professor observa e procura encorajar o aluno a buscar o prazer de aprender, materiais didáticos específicos, música, fantoches, vídeos, danças e cânticos educativos, demonstram que existe um verdadeiro empenho atual não só no nível infantil mas em todos os degraus do conhecimento a tornar “aula seja interessante e agradável”.
· 3.2 -Reflita sobre a proposta educacional de Rousseau fazendo uma relação com o que você pensa como sendo uma educação ideal.
O naturalismo rosseauniano gerou espanto em grandes filósofos nossos conhecidos, segundo Voltaire – “quem lê Rousseau fica com vontade de andar de quatro. (Osborne, Richard. Filosofia para principiantes. In___Na figura de John Locke. Rio de Janeiro, Objetiva. 1998. P. 103) A verdade é que suas idéias buscavam se opor ao intelectualismo, oponde-se a esquecer a emoção nesse ponto de vista Rousseau buscava demonstrar que o homem não era uma máquina, mas que fazia parte de um processo de um grande “contrato social” o formato educacional deveria propor-se a formar homens para esse convívio.
O grande sonho de Rousseau era tornar o homem livre já que “Ele nasce livre e por toda a parte está acorrentado“ , vendo a educação como forma de mudar e harmonizar o convívio dos homens e por fim libertá-lo.
O conceito educacional ideal é aquele que faz do homem um ser emocional, crítico mas que se propõe a viver respeitando “ o outro “, crendo que seu espaço existe e para que ele seja respeitado ele precisará aprender a importância de sua participação no grande processo de formação do estado social harmônico e justo, como diria Rousseau “ Pela Vontade Geral “. Essa concepção no propósito de uma educação ideal e integral, seria alcançada quando envolvesse os três processos de formação do saber: Hominização, Singularização e Socialização. Aflorando a Virtude, Razão e Emoção.

Questão 3
Rousseau o revolucionário - ele resgatou o elo entre educação e política, além de delinear um método liberal de educação seu propósito de desenvolver a criança sem destruir seu estado natural, como isso ele muda o foco dos propósitos pedagógicos que por conta de sua idéia volta-se não mais para o professor mas para a criança.
Suas idéias demonstravam que a educação deveria formar o homem para o homem e não para Deus ou para a sociedade, o ensino voltado para a vida e ações, Rousseau propõe que a criança é criança e não um adulto não crescido, ele demonstra que as desigualdades vigentes entre os homens não são naturais como eram vistas até o momento.
· 4.1 – reflita sobre as propostas educacionais de Kant e proponha a partir das idéias dele um novo direcionamento para a educação.
Kant tinha por base ser extremamente regular e organizado, segundo a história as pessoas de Königsberg costumavam acertar os seus relógios ao observar sua saída para caminhadas diárias, (Osborne, Richard. Filosofia para principiantes. In___Immanuel Kant. Rio de Janeiro, Objetiva. 1998. P. 107) , Kant “ Desafiava o homem para que se atreva a servir-se da razão” (GILES, Thomas Ransom. Educação e Filosofia. In___ a Formação do Homem emancipado de todas as tutelas: imagem-ideal do Neo-Humanismo. São Paulo: EPU, 1937. P. 80) foi desta mente original e organizada que surgiu a idéia para: se construir o caráter moral, poderíamos fazer uso da faculdade da razão, baseado nesta proposta Kant pressupõe que a criança deveria ser apresentada gradativamente a um processo cada vez mais formal incluindo: A paciência, disciplina e o cultivo das dimensões cognitivas e morais. Sua proposta prevê que a criança possa ter seu encontro com o saber a partir dos 5 ou 6 anos.
Vislumbrando este horizonte apresentado por Kant podemos propor um formato de pedagogia onde o principio educacional parte da razão e da disciplina, hoje em nossos dias é o nome dado as matérias apresentadas, mas no modelo com base kantiana, disciplina seria uma proposta para todas a disciplina, no modelo atual poderíamos dizer que está estabelecido de forma pontual a exemplo das regras da ABNT, Horários e Atividades pré formatadas.
“Princípios práticos são proposições que encerram uma determinação universal da vontade, subordinando-se a essa determinação diversas regras práticas. “ (Kant, Emanuel, Crítica da Razão Prática. In____DOS PRINCÍPIOS DA
RAZÃO PURA PRÁTICA. São Paulo:EPBE, 1959. P. 16)
· 4.2 – Faça uma relação sobre a educação de Rousseau e Kant, pontuando os pontos comuns as divergências. E partindo dessas divergências, proponha um novo caminho para a educação

Kant procurou dar maior coerência as idéias de Rousseau, que ele conheceu através da obra Emílio, essa influência torna-se clara.

Segundo Kant “uma vez que a natureza funciona de acordo com objetivos, é necessário segui-la”. Este estabelece que a criança em sua infância encontra-se em estado pré-moral, portanto seria inútil tentar incutir-lhes qualquer conceito de moral, esta afirmação revela que ambos concordavam na idéia que o ser criança não era por assim dizer um pequeno adulto.

Muito embora defenda uma pedagogia diferenciada e equacionada para: “o ser criança” Kant entra em choque com a proposta de J. J. Rousseau, isso por que ele propõe que : “ exista controle sobre às experiências da criança “

Existe ainda a visão contraria a de J. J. Rousseau que defende a “ bondade natural da criança “ segundo Kant a criança é moralmente neutra e por isso deverá ser exercitada no processo de cultivo da moral.

Kant não defendia a presença da religião, segundo ele : “é o próprio homem quem carrega o peso da sua perfeição” buscando assim que o homem alcance a perfeição através de seus próprios esforços, neste ponto talvez exista uma tênue linha de concordância entre ambos já que Rousseau defendia que o homem deveria ser educado para o homem.

Concordando com Rousseau, ele não acredita na mecanização da educação segundo ele o caminho para o saber deviria passar por : Princípios pedagógicos sólidos.

Rousseau e Kant opunha-se ao castigo ao educando, Rousseau propunha uma educação estimulante e prazerosa, Kant acreditava que a necessidade que deverá levar a criança a obedecer.


A Educação resultante da atmosfera divergente dos dois pedagogos é uma proposta onde o aluno encontraria um ambiente onde a criança possa construir saber, mas que o resultado seja forçadamente direcionado pelo educador, desenvolvendo o caráter do mesmo para os princípios de moral e virtude que se defende. Um processo educativo onde demonstre que o homem deve buscar o melhor não só para se mas para o homem isso quer dizer que, faríamos parte de uma mesma cadeia e nesta precisaríamos suportar e compreender “ o outro “ o processo educacional apontaria para esse desenvolvimento da moral humana pautada na busca do saber concreto e transformador da sociedade como um todo. ( FTC-FHFE. 2007. P. 42 - 48.)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Educação Espartana - Resumo Analitico



Educação Espartana

A educação espartana era baseada no adestramento ou treinamento (agogê), segundo Aristóteles o valor militar
era tanto que os espartanos não conseguiam viver em tempos de paz.
A mentalidade educacional desenvolvia o indivíduo voltada exclusivamente para: a arte da guerra, até os sete
anos educados em casa ,entre sete e os doze criados pelo estado para os propósitos do mesmo, aos doze anos
iniciavam a educação militar onde passavam por duros treinamentos, ao chegar aos dezessete eram submetidos a
“kriptia” (ritual de iniciação), quando então aos trinta adquiriam direito a cidadania e finalmente aos sessenta anos o
cidadão espartano era presenteado com a reserva militar e a participação na “ Gerúsia” (assembléia dos anciões).
Eram admitidos em sua cultura castigos físicos autoflagelação pública.
Lembrando os regimes totalitários, Esparta pregava a obediência extrema ao líder e a cidade estado a cima de
tudo. Ao contrario de Atenas o individuo não apresentava nenhuma relevância em relação ao grupo, inflexíveis,
preparavam o homem espartano apenas para obedecer e lutar.
As mulheres em Esparta aprendiam a ler e escrever como também eram submetidas a duro treinamento militar,
as espartanas deveriam defender-se e defender a cidade, enquanto os guerreiros estavam longe em campanha
militares, enquanto responsabilidade com as tarefas doméstica eram do “hilotas”. A importância da mulher
espartana constituía em gerar uma prole saudável e resistir aos invasores além de reprimir revoltas.
O cidadão espartano eram chamados de lacônicos por nascerem na lacônia daí o termo lacônico significar
hoje: breve e conciso.
(BISPO, Jorge ,FTC-FHFE. 2007. P. 03)

terça-feira, 3 de junho de 2008


Segundo Frederico Nietzsche em sua critica a educação ocidental, a formação do educando era do tipo tartaruga, isso por que este animal esconde-se em se mesmo, em sua opinião o processo educacional ocidental estava formando este tipo de pessoa.

Mas para mudar isso como fazer? seria realmente assim? por que se chegou a essa conclusão?

Para mudar este quadro a educação tem o "fator X" da questão, o homem deve ser exposto a conhecimento e deve aprender a aprender, criticar, questionar e responder seus questionamentos, uma formação pedagógica, onde possamos analisa-nos e corrigir nossa própria inércia e através disso deixar de ser "a Tartaruga" de Nietzsche e tornar-nos uma Águia em visão e conhecimento.

No Brasil por anos a educação foi prisioneira da ditadura, amordaçada pela censura e acorrentada por exclusões em seus conteúdos tudo isso para que o regime pudesse ditar as regras e o cidadão acreditasse que "O estado é maior ".

A observação do homem pelo próprio homem é o único caminho para entender, descobrir e corrigir nossos cursos, muitas vezes sem luz como diria Platão: preso nas correntes de nossa caverna, contemplando os ídolos do engano.


TEMA DISCUTIDO - 02/06/2008 - FHFE